O perfil do contaminado por dengue na cidade
A maior parte dos 171 cachoeirenses positivados para dengue em 2024 é do sexo feminino, se encontra na faixa etária dos 30 a 39 anos de idade e reside nos bairros Santo Antônio (33 casos), Fátima (24 casos), Barcelos (14 casos), Quinta da Boa Vista (11 casos) e Ponche Verde (8 casos). A conclusão é do setor de Vigilância Epidemiológica do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), que registra no momento mais 270 casos suspeitos para a doença. Em uma análise do contexto epidemiológico, entretanto, há registros de bebês infectados e idosos acima dos 80 anos, com predominância dos casos sem gravidade ou internações hospitalares.
“É aqui que reside o desafio da prevenção e, sobretudo, do tratamento ágil e eficaz, que afaste a necessidade de hospitalização e evite futuros óbitos, como o que aconteceu na cidade durante a grande onda da dengue, em 2022”, analisou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Andréa Santos. Neste sentido, explica ela, paralelamente ao trabalho de controle do mosquito nas áreas, há de se orientar a população sobre os sinais de alarme da doença e sobre a importância da busca de atendimento médico logo nos primeiros sintomas. Procurar o serviço de saúde imediatamente, intensificar a hidratação e evitar a automedicação (remédios como aspirina e AAS, anti-inflamatórios e medicações contendo corticoides) são as condutas ideais para que os pacientes não venham a desenvolver as formas graves de adoecimento. “A dengue é uma doença febril aguda e de rápida evolução, podendo progredir para quadros de hemorragia e choque”, alerta a coordenadora.
PROTOCOLO ALTERADO
Conforme nota técnica emitida pela Secretaria Estadual da Saúde e atualizada no último 19 de março, foi adotado o protocolo de circulação sustentada do vírus da dengue, descartando o critério de testagem em massa para diagnóstico e tratamento. Com isso, passa a ser considerado caso confirmado todo paciente que chegar ao serviço de saúde manifestando febre e dois outros sintomas compatíveis com a doença para fins de encerramento de caso. A conduta terapêutica, entretanto, é adotada de forma ágil, mediante manifestação de um ou mais indícios relatados pelo paciente. A mudança do protocolo a partir de então, alerta a Vigilância Epidemiológica, colaborou para o crescimento significativo das notificações. O boletim da última segunda-feira apresentava 599 casos informados e 270 sob suspeita, aguardando laudos do Laboratório Central do Estado (Lacen).
ATENÇÃO:
Os indícios de alarme para a dengue são febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, cansaço, dor no fundo dos olhos, manchas na pele e coceira. No que tange à prevenção, a principal providência é combater o vetor, eliminando focos de mosquito todas as semanas, pois o ciclo de ovo do mosquito é de sete dias. Cuidados como uso de repelentes e inseticidas para ambientes, mosquiteiros, telas nas janelas e fechar a casa cedo são importantes. Adotar a limpeza das áreas externas de residências e estabelecimentos comerciais, eliminando focos de água parada seja em objetos ou plantas, são as principais medidas de combate à circulação do Aedes aegypti.
Texto: Viviane Souza | Ascom SMS
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